A tuberculose é uma das doenças mais antiga da humanidade, com relato de mortes de Faraós no antigo Egito.

Chegou ao Brasil junto com a colonização portuguesa e foi a responsável pela morte de muitos índios e africanos escravizados, além de pessoas conhecidas, como o jesuíta Manoel da Nóbrega e o imperador Dom Pedro I.

Por esse motivo, a tuberculose ficou conhecida como uma doença muito ligada ao medo de se contaminar e de morrer iminente. Mas é importante lembrar que toda essa ideia é resultante de uma época antes da medicina adquirir os conhecimentos atuais, como quando ainda acreditavam que a doença era um castigo divino ou que era preciso o isolamento nos sanatórios.

Esse movimento de exclusão social das pessoas em sanatórios durante todo o período de tratamento junto com sua associação com condições de miséria e baixa qualidade de vida da população criou o estigma de uma doença relacionada à pobreza e à exclusão social, mas, principalmente, ligada à morte.

E é esse estigma que faz com que as pessoas tenham medo do perigo de contaminação, da associação com a falta de higiene e pobreza, da necessidade de isolamento e da vergonha por estar doente, produzindo crenças que fazem com que as pessoas acometidas pela tuberculose sofram discriminação.